São exatamente eles. Sim, aqueles vermes cujo senso moral está aflorado. Pessoas inquietas e desprovidas de qualquer flexibilidade, todos falsos moralistas pertencentes à corte marcial criada por gênios pagos pelo governo. Viva a democracia dos estados livres.
Todos os dias colam seus cartazes influentes e sujos em portas de igrejas. Roubam, corrompem, matam, blasfemam, e tudo isso sem culpa alguma. Todos naufragados em mares de tolice, controladores de mentes humanas.
Em nós há desejo, há ousadia, nascemos e morremos todos os dias, criamos planos contra a sociedade, marchamos cansados em direção a liberdade.
Tampouco temos, tampouco somos, mas nem tudo está perdido, ainda restam seres com abundante bondade, mentes serenas e sábias.
Quando escolhi ser uma rota alterada ciente estava eu do quão árduo seria. Ser réu é fácil, basta fugir de um padrão pré-estabelecido e zas, estais agora entre o céu e o inferno. Não há escolhas, de nada adianta fugir como um covarde.
Caminhei por ruas vazias, degustei demasiadamente de meus vícios, chorei, gritei, outrora sorri. São tantas situações à espera de uma solução simples, são muitos os prazeres da carne.
Era eu, a menina de futuro promissor, aquela cujo destino era procriar a paz, alegria e genialidade, foi assim o esboço da minha vida, todos queriam que tivesse asas longas para que pudesse conhecer os horizontes . Hoje me olham, e falam sempre,nunca deixam de falar.
Criei muitas formas e estilos de vida, pensei e repensei sobre toda minha vida como um todo, descobri que todos os aqueles fragmentos tinham algum sentido, quem sabe comum. Com um pouco de sorte exóticos.
Não busco a eternidade, nem mesmo riquezas, pois sei tenho tudo o que preciso. Em minha vida há objetos simplórios e desgastados, pessoas importantes e objetivos criados.
Sendo assim, de forma imutável me jogo ao vento sem medo algum.